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@f4bs oq vc acha do Richard Stallman / RMS? Acha ele um "injustiçado" como acha o @lxo?

@fbobraga acho que ele foi extremamente infeliz em defender o Minsky e nunca se desculpou em relação a isso. Acha que não fez nada de errado e isso é muito triste.

ele foi extremamente infeliz em defender um inocente? como funciona isso?

já você foi extremamente infeliz e injusta em acusar dois inocentes com base em suposições equivocadas

ainda não vi o seu pedido de desculpas

@lxo então vamos lá:

- o Minsky fez dois simpósios acadêmicos na ilha do Epstein: um em 2002 antes das denúncias ficarem públicas e outro em 2011 depois do Epstein ser registrado como "sex offender";

- a Virginia Giuffre testemunhou em 2015 em depoimento no processo contra a associada do Epstein, Ghislaine Maxwell, que a Maxwell a "orientou" a fazer sexo com o Minsky, entre outros;

@lxo

- no depoimento [1] perguntam onde ela estava quando Maxwell fez o pedido pra ela e ela não lembra. Aí perguntam a ela onde ela fez sexo com Minsky e ela responde que acredita que foi na ilha do Epstein.

[1] theverge.com/2019/8/9/20798900

The Verge · AI pioneer Marvin Minsky accused of sex with Epstein trafficking victimBy Russell Brandom

@lxo

- uma outra testemunha deu crédito ao relato da Giuffre, e disse em seu depoimento que ela e Minsky haviam pego um avião particular em março de 2001 junto com Epstein e Maxwell entre outros. Na época do vôo, Giuffre tinha 17 anos; Minsky tinha 73 anos.

@lxo ou seja, não é nada óbvio que Minsky seja inocente, pois é a palavra de Giuffre e de outra testemunha contra a de outro homem que só esteve na ilha, e não estava naquele vôo. Mesmo assim RMS escolheu defender o colega, e a coisa foi ficando pior: quis suavizar a situação com a desculpa de que ela se apresentou "querendo fazer sexo", além de tentar relativizar a definição do que seria um estupro. Em momento algum deu crédito a Giuffre, só fez desprezar tudo o que ela falou!

@lxo eu realmente sinto muito que pra defender seu ídolo você passe pano pra isso Oliva. Ainda mais tendo uma filha mulher. Pois não à toa denúncias de estupro continuam subnotificadas. Porque é muito difícil combater o descrédito que pessoas poderosas como o RMS continuam a propagar por aí.

no pôste anterior, falei de minsky. agora, você trocou de assunto pro rms, então vamos falar dele.
onde está o descrédito que você viu nas intervenções dele? consta pra mim que em momento algum ele desacreditou giuffre ou a acusação contra minsky, nem defendeu minsky, muito menos epstein. eu entendo que esses comportamentos de descrédito sejam comuns, isso também me irrita profundamente, mas me parece que há uma generalização completamente descabida em incluir rms nesse balaio.
o que ele escreveu foi que não havia indício de uso de força da parte de minsky. você concorda ou discorda quanto a essa alegação?
(depois podemos debater outras alegações; é mais fácil explorar uma de cada vez)

@lxo ele defendeu Minsky através de sua visão do que representa a palavra "assault", que não tem somente o significado de uso de força, mas também de abuso. Inclusive quando tentou se desculpar continuou dizendo que Minsky foi "unjustly accused". Se ele acha que a acusação foi injusta, é porque ele está, sim, relativizando o comportamento que Giuffre relata sobre Minsky e desacreditando esse comportamento como algo que causou mal a ela porque ela teria se apresentado "entirely willing".

@lxo Como se só esse fosse o contexto envolvido. Como se saber a idade da moça não fosse algo importante, como se a complexidade da situação e todo um entorno que demonstrava que algo de muito errado estava rolando não estivesse ao alcance de Minsky. O abuso ocorre quando alguém se aproveita de uma situação onde ocorre desequilíbrio evidente de poderes, e esse papo de que "não tinha como saber" é o de quem normaliza essas situações como algo trivial e totalmente aceitável.

fabs balvedi

@lxo então uma vez que "assault" pode ser também definido como abuso e o que Giuffre relata se encaixa total numa situação de abuso, eu não vejo Minsky como alguém que foi acusado de forma injusta. Não querer que se use "assault" pra indicar abuso só porque pode confundir é como não querer que se use "free" pra não confundir com grátis. Ele nesse sentido foi inclusive incoerente, porque não abre mão do "free" só por causa dessas confusões.

> então uma vez que "assault" pode ser também definido como abuso

não, essa não é uma tradução adequada, especialmente para alguns neurodivergentes (detalhe importante, ao qual voltarei noutro pôste).

o termo "assault" realmente carrega uma implicação de uso ou ameaça de uso de força pelo agressor sobre a vítima. Veja, por exemplo, esta coleção de dicionários, alguns históricos que até ajudam a acompanhar a evolução do significado ao longo do tempo:
https://www.bennetyee.org/http_webster.cgi?isindex=assault&method=exact
ou o wiktionary:
https://en.wiktionary.org/wiki/assault

não confundir com "sexual assault", um termo legal diferente, que muitas vezes se entende como equivalente a "rape" (estupro), mas que ainda assim, segundo entendo, carrega uma implicação de, além do horror da violência sexual, um agravante de ameaça ou uso de força para submissão da vítima, sendo essa submissão presumida no caso de vulneráveis.

esse é o meu entendimento, mas a relevância dos detalhes desse segundo termo é menor, porque o termo usado na acusação diriigida a minsky foi o primeiro: "assault", sem qualificadores
https://gnusocial.net/url/19569533
página 19: "Marvin Minsky (who is accused of assaulting one of Epstein's victims)

sem qualificadores, ele até pode se aplicar a casos em que o estuprador força a vítima. no caso, quem forçava era o traficante.
é comum entre neurodivergentes, entre os quais estão sabidamente richard e este que vos fala, o que se costuma chamar "rigidez mental": uma inflexibilidade em ideias, posturas, hábitos, linguagem, ... so familiar? dificuldade de captar sinais não verbais, diferenças importantes na percepção e expressão de contextos e hipersensibilidades diversas são também características comuns presentes em graus diversos. nesses casos, acentuados.

como você apontou, a insistência no uso "correto" de palavras é uma das características mais famosas e discriminadas do richard. é que uma combinação em caráter inevitável dessas características que mencionei que ele apresenta, em grau elevado (o que IMHO torna a intolerância a ela um ato de discriminação a neurodivergentes)

observação curiosa: certas palavras parecem ser gatilhos para ele. são como cones no meio da estrada, bloqueando a compreensão e o avanço do pensamento até que sejam removidos. não há espaço para rotas alternativas. identificada uma situação de uso-gatilho, abre-se um parêntese na conversa e, fora do contexto da conversa, ele explica por que o termo não cabe, não deve ser usado nesse sentido confuso, e faz recomendações para viabilizar a compreensão e a retomada da conversa

há uma longa lista de usos-gatilho de palavras, provavelmente mais longa que o glossário pessoal que ele mantém. fale ou mande email pra ele com esses usos e terá um resposta com esse parêntese, pode apostar

(continua...)
é por isso que eu não consigo enxergar o debate que ele abriu sobre o mau uso do termo "assault" na acusação contra minsky como defesa de minsky. essa resposta viria igual, como mensagem gravada, para qualquer menção em que o termo não se encaixe. e não é que ele esteja querendo ser chato, é que o termo distrai e perturba (hipersensibilidade, lembra?) a ponto de impedir a compreensão do restante

a reação ao uso do termo Linux para se referir ao sistema GNU, de Open Source para se referir à ideologia do Software Livre é semelhante à de falar em "assault" para algo que não envolva uso de força, em "they" para se referir a uma só pessoa...

"underage" para tentar sugerir algo sobre a idade da pessoa também parece que ativa esse processo e leva a uma discussão filosófica sobre diferenças culturais, morais e legais no espaço e no tempo.

pode-se supor erroneamente que estas tangentes estejam dentro do contexto da conversa, mas não estão. estão no contexto do uso-gatilho que as provocou, nada mais. não defendem agressores, não desmerecem sofrimento de vítimas, não buscam atenuar nem agravar fatos, apenas buscam precisão na linguagem. para neurotípicos, que compreendem contextos de forma bastante diferente, isso parece bem difícil de entender e de tolerar, porque pode mesmo parecer uma defesa ou um ataque